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Concentre-se naquilo que está ao seu alcance.

Foto do escritor: Tatiana CarneiroTatiana Carneiro

Atualizado: 8 de mar. de 2024

Neste mundo aparentemente tão veloz e tecnológico, muitas vezes enfrentamos uma sobrecarga de informações e nos sentimos pressionados por controles excessivos, a fim de produzir resultados ou apresentar soluções para problemas complexos. Entretanto, nós esquecemos que muitas coisas fogem do nosso controle de ações, principalmente no que tange às escolhas de cada pessoa. Da mesma forma, quando tentamos assumir as questões do outro como se fossem nossas, nós nos tornamos frustrados, ansiosos e com tendência a criticar o outro.



De acordo com os ensinamentos da Filosofia Estóica, esse é o princípio da dicotomia estóica do controle, o princípio mais característico do estoicismo que diz que não temos o controle de como e quais os eventos que nos afetam, mas nós temos o controle sobre como nós lidamos com cada evento.


A dicotomia do controle enquadra as nossas ações em duas categorias, as coisas que estão sob nosso controle e as coisas que não estão.

O filósofo grego Epicteto explica que coisas como nossas opiniões, impulsos, desejos e repulsa são coisas que exercemos controle. Outras coisas como o nosso corpo, propriedades e reputação, não estão sob nosso controle. Pode até causar admiração pensarmos que não estamos no controle do nosso próprio corpo; no entanto, podemos cuidar da nossa saúde, ter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos, mas não podemos controlar se sofremos um acidente ou a manifestação de determinadas doenças.


Na vida real isso se traduz na ideia de focarmos nossa atenção nas coisas que dependem de nós, manifestando os nossos objetivos e esforços e soltando os resultados.


Um exemplo prático disso é uma entrevista de emprego, você estudou previamente, você adquiriu experiências ao longo da sua vida profissional e você se preparou para aquele momento; entretanto, o resultado da entrevista não depende de você. A sua parte coube em se preparar com antecedência, agora se houver um candidato mais experiente para a vaga que você ou se o entrevistador não estava em um bom dia na entrevista, são coisas que fogem do seu domínio. Por isso, ficar se torturando mentalmente por coisas fora do seu controle só levam a perda desnecessária de energia e confiança, levando a frustração, depressão e ansiedade.



Através da compreensão desse conceito estóico, começamos a entender melhor as situações que requerem ou não nossas energias e assim colocarmos nossos esforços onde realmente importa. Brigas, disputas e excessos de qualquer tipo ficam mais fáceis de serem abandonados quando percebemos que não controlamos as opiniões, interpretações e ações dos outros.


Quanto mais avançamos no autoconhecimento, mais vamos tomando consciência de que sermos justos, prudentes, amorosos, tolerantes, gentis, respeitosos e presentes, são ações nossas que podemos controlar totalmente e maximizar a cada dia.


"Se não tens vontade de ser frustrado jamais em teus desejos, não desejes senão aquilo que depende de ti." Epicteto.

A conclusão filosófica que fica para nós é que o bem mais importante na vida deve ser necessariamente aquilo que está a nosso encargo, fazendo sempre o nosso melhor em tudo aquilo que realmente temos compromisso em fazer, seremos felizes.


Isso não nos exime de nossas responsabilidades, muito pelo contrário, isto nos torna totalmente responsáveis pela nossa própria vida, impedindo-nos de dar desculpas para não alcançar a melhor vida possível, porque isso sempre está ao nosso alcance.


“Mantenha esse pensamento no início de um novo dia, durante o dia e a noite: só existe um caminho para a felicidade, e esse consiste em desistir de tudo o que está fora de sua esfera de escolha.” Epicteto



Eu sou Tatiana, entusiasta das ciências e estudiosa sobre tudo o que faz bem à mente, corpo e espírito.


Gratidão pela visita!


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